Filhotes de Saruê deixam habitat natural
para “morar” na Zoonoses de Peruíbe
Um fato inusitado marcou a chegada de
quatro filhotes de Saruê (espécie de gambá que habita no Brasil) ao Centro de
Controle de Zoonoses de Peruíbe. Com poucos meses de vida, os animais deixaram
o seu habitat natural para buscar “residência” no departamento.
Tudo começou no final do ano passado
quando os filhotes foram encontrados debilitados na Rodovia Padre Manoel da
Nóbrega, entre Peruíbe e Itanhaém. Logo a Polícia Ambiental foi acionada para
fazer o resgate dos pequenos gambás, que, em seguida, foram levados para a
Zoonoses do Município.
Assim que chegaram ao setor, os
filhotes receberam tratamento da equipe de veterinários, com aplicação de
medicamentos e alimentação adequados. Após o período de recuperação, foram soltos
em seu habitat natural, na Mata Atlântica.
O curioso é que os quatro filhotes deixaram
o abrigo natural para voltar ao Centro de Zoonoses, e desde então não saíram
mais de lá. Em pouco tempo, os animais foram domesticados e passaram a ter
convívio freqüente com os funcionários, que, inclusive, nomearam a Saruê mais
velha de “Valdirene” – em alusão à
personagem de Tatá Werneck na novela ‘Amor à Vida’, da TV Globo.
Novo
lar
A adaptação do Saruê esbarrava-se num
único empecilho. O Centro de Zoonoses oferece boa estrutura e acolhimento para
animais com estilo de vida mais sedentário, o que não é o caso desta espécie de
gambá, que precisavam se deslocar. Diante disso, a funcionária Luciane Teodoro tomou
a iniciativa de adotar os filhotes, levando-os para morar em sua residência.
Além do novo lar, os Saruês ganharam o carinho dos filhos de Luciane. Os
animais convivem em liberdade e não buscam retornar à vida selvagem.
A adoção dessa espécie foi
regularizada por um termo assinado junto à Polícia Ambiental e os filhotes ainda
recebem acompanhamento do Centro de Controle de Zoonoses.
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