O Programa Mais Médicos registrou
139 municípios inscritos no estado de São Paulo até esta segunda-feira
(22). O número equivale a 21% do total de 645 municípios do estado.
Entre os 47 municípios paulistas prioritários, 15 já aderiram. Em todo o
País o programa
registrou 1.874 municípios inscritos até o momento. As inscrições
seguem abertas até 25 de julho, ao meio dia.
Todos os municípios do país podem
aderir ao programa. Porém, os médicos serão encaminhados
prioritariamente para municípios e regiões metropolitanas com alta
vulnerabilidade social ou Distritos Sanitários Especiais Indígenas que
tiverem se inscrito no programa.
Nesta semana, autoridades do
governo federal percorreram todas as regiões do país, se reunindo com
prefeitos e secretários de Saúde, para mobilizar os municípios a
participarem do Mais Médicos. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e
outros representantes
do ministério estiveram em Salvador (BA), Montes Claros (MG), Belo
Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Recife (PE), São Paulo (SP), Belém (PA),
Manaus (AM) e São Luís (MA). No Maranhão, Padilha contou com o apoio do
ministro do Turismo, Gastão Vieira. A ministra-chefe
da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, esteve
em Curitiba (PR) e em Porto Alegre (RS) divulgando o programa.
“O Mais Médicos vai ajudar a
fortalecer a atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas
de saúde sem a necessidade de recorrer a um hospital. E o que faz
diferença no atendimento à população é o médico presente na unidade
básica de saúde perto
de casa. Não se faz saúde sem bons profissionais”, esclarece o
ministro.
Lançado pela presidenta da
República Dilma Rousseff no dia 8, o Programa Mais Médicos faz parte de
um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único
de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em
infraestrutura nos hospitais
e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes
do país, como os municípios do interior e as periferias das grandes
cidades.
Em todo o país, o Ministério da
Saúde e o Ministério da Educação estão investindo R$ 15 bilhões até 2014
na infraestrutura da rede pública de Saúde. Deste montante, R$ 7,4
bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601
Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5
bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de unidades
básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.
Somente no estado de São Paulo,
já foram investidos R$ 297,3 milhões para obras em 1.491 unidades de
saúde e R$ 6,3 milhões para compra de equipamentos para 924 unidades.
Também foram aplicados R$ 204,5 milhões para construção de 118 UPAs e R$
147 milhões
para reforma/construção de 147 hospitais.
O Programa Mais Médicos prevê,
também, a criação de 11,5 mil novas vagas de Medicina e 12 mil de
residência em todo o país, além do aprimoramento da formação médica no
Brasil com a inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os
estudantes atuarão
no Sistema Único de Saúde (SUS).
DIAGNÓSTICO – O
programa Mais Médicos é um estímulo para a ida de médicos para os
municípios do interior e para as periferias das grandes cidades, onde é
maior a carência por este serviço. O Brasil tem oferta desta mão-de-obra
menor que
países como Argentina, México, Inglaterra, Portugal e Espanha.
Do ponto de vista regional, a
situação é mais crítica: 22 estados estão abaixo da média nacional,
sendo que cinco têm menos de um médico para cada grupo de mil
habitantes. O estado de São Paulo tem 2,49 médicos por mil habitantes.
INSCRIÇÕES - As inscrições no Mais Médicos podem ser feitas pelo site do Ministério da Saúde,
www.saude.gov.br.
No cadastro, os prefeitos e secretários de saúde devem indicar as
unidades básicas de saúde de suas regiões em que há falta de médicos. No
dia 26, será publicado o total de vagas existentes
em cada cidade inscrita. E, até dia 28, os médicos brasileiros
inscritos no programa poderão escolher o município onde querem atuar.
Em 1º de agosto será divulgada a
relação de profissionais com registro profissional no Brasil que terão
de homologar a participação e assinar um termo de compromisso até 3 de
agosto. Dois dias depois, as escolhas serão validadas no Diário Oficial
da União.
As vagas remanescentes serão divulgadas em 6 de agosto. O processo de
escolha nesta segunda etapa vai até 8 do mesmo mês e os resultados serão
publicados em 13 de agosto.
Os profissionais que atuarão no
programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da
Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica
durante os três anos do programa. Os municípios ficarão responsáveis por
garantir
moradia e alimentação aos médicos, além de ter de acessar recursos do
ministério para construção, reforma e ampliação das unidades básicas.
A prioridade nas vagas será de médicos brasileiros, e somente as que não forem preenchidas serão oferecidas aos estrangeiros.
Mais informações
Assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde
(61) 3315.3580 / 3315.2351
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