Hemonúcleo fará cadastramento
para doadores de medula óssea em Peruíbe
Voluntários
terão de 16 a 20 de dezembro para comparecer ao AME de Peruíbe
O transplante de medula óssea é a única
esperança de vida para muitos portadores de leucemia e outras doenças no
sangue. Embora seja um procedimento simples e fácil – que consiste na substituição
de uma medula deficiente por outras células de medula óssea saudável –, o
paciente encontra muitas dificuldades para encontrar um doador compatível.
Estima-se que a possibilidade para encontrar
um doador compatível é de 1 para cada 100 mil, o que dificulta ainda mais as
chances de sucesso no tratamento. Daí a
necessidade de ampliação do número de doadores no Brasil.
Por conta disso, o Hemonúcleo de Santos, em
parceria com a Prefeitura de Peruíbe e a ONG Madula, realizará o cadastramento
para doadores voluntários de medula óssea, de 16 a 20 de dezembro. A
inscrição ocorrerá das 8 às 17, no Ambulatório Médico de Especialidades (AME)
de Peruíbe (Avenida Luciano, s/n°, Parque Dávile).
Qualquer pessoa com boa saúde, que tenha idade
de 18 a 55 anos incompletos, pode tornar-se um doador voluntário de medula.
Para efetuar o cadastramento, é necessário apresentar RG original e dois
números de telefone de pessoas da família de qualquer lugar do Brasil. Após
informar os dados pessoais, o candidato será encaminhado para a coleta de,
apenas, 4 ml sangue.
O voluntário será então incluído no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome),
ligado ao Instituto Nacional do Câncer (Inca) que coordena a pesquisa de
doadores no Brasil. De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Redome
conta com uma lista com mais de 3 milhões de doadores cadastrados.
Embora
crescente, a quantidade de doadores ainda não é suficiente para suprir a
demanda de pacientes que necessitam do transplante de medula, tendo em vista as
dificuldades para a identificação de doadores compatíveis. No Brasil, as
chances de compatibilidade diminuem por conta da miscigenação, e por isso é
necessário ampliar a lista de doadores.
Quebrando tabus
Muitas pessoas ainda confundem transplante de
medula óssea com transplante de medula cervical/espinhal (coluna), o que acaba
gerando resistência para a possibilidade de doação. A medula óssea nada mais é
do que um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos, na qual são produzidos
os componentes do sangue: os glóbulos brancos, as
plaquetas e os glóbulos vermelhos.
Há duas formas para a coleta da medula. Uma
delas ocorre por meio da retirada de sangue na veia do braço (similar a doação
de sangue convencional), e a outra com a punção no osso do quadril, nesse caso
com anestesia. Em ambos os casos, o procedimento é seguro, rápido e não oferece
riscos ao doador.
Quem precisa
O
transplante de medula é fundamental para o tratamento de várias doenças, como
leucemias, problemas no metabolismo, anemias graves, linfomas, entre outras.
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